Caridade


Ciclo: Jardim
OBJETIVO GERAL 

Fazer que os evangelizados compreendam que a caridade não é apenas dar esmolas ou doar bens materiais, é também a doação de si mesmo em beneficio do próximo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fazê-los entender que caridade pode praticada em qualquer idade.
Reconhecer na caridade o caminho para a renovação espiritual.

DESENVOLVIMENTO

Prece inicial –
•Conversar sobre o conteúdo da aula.
Atividade1: narrar a história: Bimbo e os bichinhos da floresta
Atividade 2: montar o quebra cabeças das figuras da história
· pedir as crianças para narrarem a parte da história por elas montada.
•Atividade3: distribuir as máscaras, pedir às crianças para realizar uma atitude de caridade igual a praticada pelos bichinhos da história.
•Prece final.

CONCLUSÃO

Os evangelizandos compreenderam o verdadeiro sentido da caridade.
ANEXOS

 
 Atividade I: História
BIMBO E OS BICHINHOS DA FLORESTA
O macaquinho Bimbo morava num circo.
Um dia, saiu para dar umas voltas e tanto andou que chegou a uma floresta onde ficou perdido.
Andou, andou... De repente, disse:
–– Ah! que linda casinha!
De fato, encontrara uma bonita casa e teve vontade de entrar ali para descansar. Mas, pensando bem, achou que a casa não era dele. Logo, não deveria entrar.
Assim, Bimbo deitou-se debaixo de uma árvore e tão cansadinho estava que logo dormiu.
Dormiu, dormiu e não percebeu que os bichinhos da floresta ali estavam à sua volta; olhando para ele e dizendo:
–– É um menininho!
–– Não é, pois menino não tem rabo.
–– Mas olhem a roupinha dele!
Até que o Pica-pau, que andava por muitos lugares e conhecera muita gente e muitos bichos, bateu com o bico na árvore e falou:
–– Seus bobos! É um macaquinho vestido de gente.
E o Pica-pau bateu com mais força o bico na árvore para Bimbo acordar.
Bimbo abriu os olhos, assustado, e começou a chorar:
–– Quero voltar para casa. Eu moro no circo.
Os coelhinhos ficaram com tanta dó de Bimbo, que também passaram a chorar.
Então, o Pica-pau disse:
–– Já é muito tarde para você voltar para casa. Se a minha casa fosse grande, eu o convidaria para dormir lá.
— Ora, ora Pica-pau! Por isso não, pois a nossa casa é grande e dá para ele dormir.
Quem falou assim foi o coelhinho.
O esquilinho também queria levar Bimbo para dormir na casa dele e o ratinho também.
Bimbo perguntou:
–– De quem é aquela casinha?
–– É nossa – disseram os dois coelhinhos.
–– Pois eu posso ficar ali e agradeço muito ao esquilo, ao ratinho e ao Pica-pau.
Quando o macaquinho Bimbo foi para a casa dos coelhinhos, o Pica-pau cortou uma porção de
tábuas; o esquilo roeu cocos e fez uma porção de pregos; e, com esses materiais, os coelhos fizeram-lhe uma linda cama. Daí a pouco, chegou o ratinho com uma porção de palha para o colchão.
Bimbo foi dormir pensando nos amiguinhos que tanto o estavam ajudando.
Bem que a bailarina do circo tinha lhe dito que há muitos animais bonzinhos na floresta.
Bimbo dormiu muito bem! Quando abriu os olhos, viu... a bailarina do circo!
Ela sentira a falta de Bimbo e saíra a procurá-lo.
–– Vamos embora, Bimbo? – convidou a bailarina. – A sua casa é o circo e todos lá estão à sua
espera.
Bimbo ficou indeciso pois já havia feito muitos amigos entre os bichinhos da floresta. Mas, o que fazer... A bailarina tinha razão. Precisava voltar para o circo. E, assim pensando, no dia seguinte, partiu com a bailarina, muito agradecido a todos que tanto o tinha amparado, no momento de grande necessidade.
* * *
1– Quem era Bimbo? 2 – Onde ele morava?
3 – Que aconteceu com ele? 4 – Onde Bimbo adormeceu?
5 – Quem o encontrou? 6 – Quem levou Bimbo para dormir em sua casa?
7 – Como Bimbo voltou para o circo?
Atividade 2:  Montagem de quebra-cabeças com as figuras da história








   
 Atividade 3: dramatização da história com as máscaras dos bichinhos da história.
   





      

               

               
Textos Complementares:

FRATERNIDADE
344 –– O “amor ao próximo” deve ser levado até mesmo à sujeição, às ousadias e brutalidades das criaturas menos educadas na lição evangélica, sendo que o ofendido deve tolerá-las humildemente, sem o direito de esclarecê-las, relativamente aos seus erros?
–– O amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça útil e necessário.
A sujeição passiva ao atrevimento ou à grosseria pode dilatar os processos da força e da agressividade; mas, ao receber as suas manifestações, saiba o crente pulverizá-las com o máximo de serenidade e bom senso, a fim de que sejam exterminadas em sua fonte de origem, sem possibilidades de renovação.
Esclarecer é também amar.
Toda a questão reside em bem sabermos explicar, sem expressões de personalismo prejudicial, ainda que com a maior contribuição de energia, para que o erro ou o desvio do bem não prevaleça.
Quanto aos processos de esclarecimento, devem eles dispensar, em qualquer tempo e situação, o concurso da força física, sendo justo que demonstrem as nuanças de energia, requeridas pelas circunstâncias, variando, desse modo, de conformidade com os acontecimentos e com fundamento invariável no bem geral. (1)

CARIDADE
Conceito – Virtude por excelência constitui a mais alta expressão do sentimento humano, sobre cuja base as construções elevadas do espírito encontram firmeza para desdobrarem atividades enobrecidas
em prol de todas as criaturas.
Vulgarmente confundida com a esmola – essa dádiva humilhante do que sobeja e representa inutilidade – a caridade excede, sobre qualquer aspecto considerada, as doações externas com que supõe
em tal atividade encerrá-la.
Sem dúvida, valioso é todo gesto de generosidade, quando consubstanciado em dádiva oportuna ao que padece tal ou qual aflição, lenindo nele as exulcerações físicas ou renovando-lhe o ânimo, com que o fortalece para as atividades redentoras.
Entretanto, a caridade que se restringe às oferendas transitórias, não poucas vezes pode ser confundida com filantropia, esse ato de amor fraterno e humano que identifica certos homens ao destinarem altas somas que se aplicam em obras de incontestável valor, financiando múltiplos setores da Ciência, da
Arte, da Higiene, do Humanismo...
(...) A caridade para ser praticada nada exige, e, no entanto, tudo oferece. Pode ser caridoso o homem que nada detém e é capaz de amar até ao sacrifício da própria vida. Enquanto que o filantropo se exalça, mediante o excedente de que salutarmente se utiliza, na preservação do bem, na edificação da beleza, na manutenção da saúde.
Para a legítima caridade é imprescindível a fé, sem o que não lobriga a transcendente finalidade.
Sem embargo, para a aplicação filantrópica basta um arroubo momentâneo, uma motivação estimulante, uma explosão idealista.
A caridade é sobretudo cristã e esteve sempre presente em toda a vida de Jesus, seu insuperável divulgador e expoente, porque repassava todas as suas doações com o inefável amor, mesmo quando visitado pelo impositivo da energia.
A filantropia, não obstante o valioso tributo de que se reveste, independe da fé, não se caracteriza pelo sentimento cristão, é irreligiosa, brotando em qualquer indivíduo, mesmo entre déspotas ou estroinas, vaidosos ou usurpadores, o que significa já avançado passo de elevação moral.
Enquanto uma é humilde e se apaga, ocultando as mãos do socorro e reconhecendo não haver feito tudo quanto deveria, a outra pode medrar arbitrariamente, recebendo o prêmio da gratidão e o aplauso popular, engalanada na recompensa da referência bajulatória ou imortalizada na estatuária e nos monumentos, igualmente transitórios...
Inegavelmente, é melhor para o homem promover, fazer, estimular o bem e desenvolver a felicidade geral, do que, disfarçando-se para fugir do dever de ajudar, através de falsos escrúpulos nada produzir, coisa alguma realizar.
Ideal, porém, seria o filantropo atingir a mais alta expressão do seu investimento, culminando na caridade que transforma o próprio doador como alguns hão logrado.
DESENVOLVIMENTO – O apóstolo Paulo, o incomparável pregoeiro das verdades eternas, melhor do que ninguém, escrevendo aos Coríntios a sua Primeira Carta, nos versículos 1 a 7 e 13 do capítulo XIII, definiu a caridade na sua máxima significação: “Mesmo quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade serei como o bronze que soa ou um címbalo que retine; – ainda quando tivesse o dom da profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.”
“A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre”.
“Agora, estas três virtudes: a Fé, a Esperança e a Caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a Caridade”.
E determinou com incomparável sabedoria, sob superior inspiração alguns dentre os diversos Carismas, mediante cuja prática o cristão alcança plenitude de paz, na convulsão envolvente do caminho por onde evolue, no corpo somático: o de pregar e ensinar a verdade cristã – caridade do ensino; o dos auxílios a pobres e enfermos – caridade do socorro; o de curar – caridade para com a saúde...
CARIDADE E ESPIRITISMO – Escudando na caridade o recurso único, sem o qual o homem não consegue salvar-se, Allan Kardec penetrou as inesgotáveis fontes da Espiritualidade fazendo que a Doutrina Espírita tivesse como objetivo precípuo a salvação do Espírito, arrancando-o em definitivo da constrição das reencarnações inferiores, em cujos vaivéns se compromete para logo expungir e se desequilibra para depois se reorganizar.
Através dos complexos meandros da Ciência Espírita o investigador consciente e devotado culmina na certeza indubitável da indestrutibilidade da vida e da imortalidade; mediante as demoradas lucubrações pelas trilhas variadas da Filosofia Espírita compreende a lógica irretorquível da vida, mesmo diante dos aparentes disparates e aberrações da Lei como em face das mil incógnitas dos destinos, defrontando a justiça equânime, imparcial para com todos, a todos facultando os mesmos recursos de autoburilamento com a recuperação dos valiosos tesouros da harmonia interior; pelo inter-relacionamento com a Divindade de Quem se aproxima e a Quem se reivincula, pela Religião com que se afervora, acima das exterioridades frui o benefício da perfeita comunhão, com que se refaz e capacita para a felicidade real, indestrutível e plena.
Embora estabelecendo a necessidade de o homem promover e praticar a caridade material, necessária e de subida significação, propugna o Espiritismo, também e especialmente, pela caridade moral, a que exige melhores condições ao Espírito, portanto, mais importante, quando conclama aquele que a pratica à própria elevação com que se sublima e edifica interiormente.
Na sua execução não se cansa, não se exaure, não reclama, não se considera, tudo dá, mais do que dá: dá-se!
Jesus, culminando o Seu ministério entre os homens da Terra, após as incontáveis doações pela estrada da compaixão e da misericórdia, com que a todos socorreu e leniu, doou-Se, deu a vida na cruz como sublime legado de amor, inapagável luz de Caridade que passou a clarear os milênios porvindouros em fora, desde aquele momento. (2)
* * *
BIBLIOGRAFIA

1. XAVIER, Francisco Cândido. Fraternidade. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed.Rio de Janeiro: FEB,
2006. Terceira parte. Perg. 344.
2. FRANCO, Divaldo Pereira. Caridade. Estudos Espíritas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Cap. 16.
3. PLANO DE AULA N.º 12 apostilha da FEB
JARDIM DE INFÂNCIA (5 e 6 ANOS)

MÓDULO III: CONDUTA ESPÍRITA–- VIVÊNCIA EVANGÉLICA

0 comentários:

Postar um comentário