Lei de Ação e Reação - PRÉ MOCIDADE

OBJETIVO: Identificar a Lei de Ação e Reação com conseqüências em diferentes existências.
1. ATIVIDADE DINÂMICA
GUIADO PELO APITO
Dois a quatro participantes, com os olhos vendados, ficam distantes um do outro dentro do círculo. Todos devem estar de mãos dadas. O educador entrega um apito a dois jogadores situados em pontos opostos do círculo. Ao sinal, cada um destes apitará três vezes, com certo intervalo. Os que estão no centro, guiados pelo som, tentarão alcançar os colegas que apitaram. Acertando, trocam-se os papéis e o jogo prossegue.
2- HARMONIZAÇÃO INICIAL
3. ATIVIDADE INTRODUTÓRIA
Apresentar algumas manchetes de jornal ou revista que noticiem acontecimentos dolorosos, porém de modo breve, sem entrar em detalhes, para não gerar pensamentos negativos. O grupo pode citar outros fatos, tendo-se o mesmo cuidado.
4- ATIVIDADE REFLEXIVA
4.1- Perguntar:
– Por que há tanto sofrimento no mundo?
4.2- Ouvir as opiniões, destacando todas que apresentem conceitos justos.
4.3- Expor as seguintes idéias:
 Há acontecimentos dolorosos que poderiam ser evitados se as pessoas envolvidas tivessem outra conduta. Por exemplo, quem provoca e alimenta uma discussão na rua, às vezes se torna vítima da sua própria violência. Uma família que habita uma casa condenada, com risco de desabar, também pode sofrer as conseqüências dessa insensatez.
 Mas há fatos dolorosos que ocorrem, aparentemente sem uma causa que os justifiquem. As pessoas até se sentem excluídas da proteção Divina ou mesmo passam a duvidar da justiça de Deus...
 A ciência vem estudando a reencarnação, procurando verificar se já vivemos outras vezes na Terra, em outros corpos e se a vida atual seria a conseqüência das vidas anteriores. Sem dúvida, os males que nos atingem não ocorrem porque estamos esquecidos por Deus.
Vamos citar um caso ocorrido em duas existências do mesmo espírito.
4.4- Narrar: TEMPO DE RESGATE
4.5- Estimular o grupo a opinar, através de perguntas, como por exemplo:
– Se aceitarmos esses fatos como verdadeiros, o sofrimento de Rebeca foi injusto?
– Segundo a Lei de Ação e Reação, os que fizeram sofrer passam por situações semelhantes às que produziram o sofrimento. Isto acontece por castigo de Deus ou porque Deus nos ama e deseja que despertemos o amor ao próximo?
– Quando sofremos, temos maior compreensão pelas dores dos outros?
4.6- Ressaltar que Deus não nos castiga, mas possibilita que passemos por experiências que vão despertar nosso respeito pelo próximo, compreendendo seus direitos, seus sentimentos etc.
Observação: Em caso de alguém manifestar descrença em relação à reencarnação, evitar polêmicas, demonstrar respeito, reconhecendo o direito de pensarmos de formas diferentes.
5- ATIVIDADE CRIATIVA
5.1- Dividir o grupo em dois subgrupos. Propor que cada um organize e ensaie uma representação da história narrada, para ser apresentada na reunião seguinte.
5.2- Repassar as cenas da história, esclarecer sobre costumes à época da escravidão, provocar comentários sobre a responsabilidade do capataz (que, embora obedecendo ordens, aceitava desempenhar aquele papel), sua atitude cruel etc.
Se o grupo já revelar boa compreensão do assunto pedir que imaginem também para a dramatização, o capataz e os escravos caluniadores reencarnados como familiares de Rebeca.
5.3- Os subgrupos providenciam a caracterização dos personagens (se desejarem) e, na reunião seguinte, fazem sua apresentação, sendo conveniente, para valorizar o trabalho dos participantes, que se convide algumas pessoas da UPI para assisti-los.
Na fase de ensaio, o coordenador poderá sugerir correções no caso de surgirem idéias deturpadas, como: “E Deus castigou a ex-fazendeira...”
6- HARMONIZAÇÃO FINAL / PRECE
6.1- Relaxamento e respiração da forma habitual.
6.3- Meditar:
Sinto gratidão a Deus pelas oportunidades de melhorar-me.
Sinto-me forte para vencer todas as dificuldades.


7- AUTO-AVALIAÇÃO

TEMPO DE RESGATE
Fig. 1- D. Genoveva era poderosa fazendeira e senhora de muitos escravos no início do século XIX.
Certa tarde, porque desaparecera uma de suas jóias de estimação, reuniu os escravos que trabalhavam no interior da casa grande e ordenou com voz aterradora:
– Se o ladrão não for descoberto até a noite, todos vocês serão duramente castigados.
Todos conheciam a impiedade da poderosa senhora. Ninguém escapava dos seus acessos de raiva, nem os velhos, nem as crianças.
Apavorados, retiraram-se. Cochicharam entre si. Rememoraram fatos à procura de algum indício.
Poucos meses antes desse fato, havia sido comprada uma escrava, ainda jovem, para os serviços da cozinha. Quase não falava com ninguém porque tinha um filho pequenino, com quem se ocupava nos pouquíssimos momentos de descanso. Alguns escravos estranhavam a sua maneira de ser, tão silenciosa e afastada de todos, embora fosse indelicada.
Naquela tarde de aflição, três escravos procuraram D. Genoveva denunciando a jovem escrava como a mais provável autora do furto.
Fig. 2- D. Genoveva chamou o capataz e ordenou que lhe trouxesse a cozinheira. Acusou-a severamente. A jovem defendeu-se com humildade. Suplicou piedade; mas nada valeu diante da sentença da rica senhora: cem chicotadas até que revelasse onde escondeu a jóia.
O capataz cumpriu a ordem recebida. A cada chicotada, a escrava instintivamente recuava.
Fig. 3- Em certo momento tropeçou numa grande pedra, desequilibrou-se e caiu nas águas de caudaloso rio que atravessava a fazenda e onde eram habitualmente jogados os escravos que morriam. Em pouco tempo, desapareceu o corpo da infeliz, ficando impune, diante dos homens, mais este crime da escravidão.
* * *
Entretanto, para a Divina Justiça nada passa em vão.
Um dia D. Genoveva desencarnou e sofreu terrivelmente os remorsos da consciência. Via-se deformada, medonha... Dia após dia, ano após ano...
Cansada de tanto sofrer, suplicou a Deus o esquecimento de seus atos do passado. E foi encaminhada para a nova encarnação.
Nasceu novamente, não mais na condição de pessoa poderosa e rica, mas em família humilde do nosso interior.
Seus pais morreram quando criança e Rebeca - essa era o seu novo nome - foi conduzida a uma casa de família onde, desde a adolescência, fazia os serviços domésticos. Mais tarde casou-se e recebeu no lar três filhinhos.
Certa noite, depois de retornar a sua casa, desabou violento temporal. As águas dos rios transbordaram invadindo muitas casas da região.
Rebeca e a família tentaram sair mas era impossível. Na sua aflição de mãe, desejando salvar os filhos, Rebeca tentou alcançar um pequeno bote guardado em local próximo.
Fig. 4- Repentinamente uma correnteza arrastou-a para longe e Rebeca, perdendo as forças, desapareceu na torrente de água e lama.
Havia chegado o tempo de resgate do crime cometido, quando Rebeca ainda era a poderosa Sinhá Genoveva.

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